Algumas histórias em séries não são só entretenimento, além delas nos fazem rir e chorar, refletir e repensar sobre nossas escolhas faz parte de todo um ritual imersivo ao assistir uma série que relata coisas que já passamos.
Depois dos 25 anos, eu comecei a ver essas séries rotuladas como de meninas, e te falo que esperar todo esse tempo foi a melhor coisa que fiz. Até porque muito do enredo, das piadas e colocações dessas séries não fariam algum sentido para uma garota na adolescência.
Essas séries vão além de carreira, família e status, elas ajudam a desmitificar a construção do self de cada uma de nós por meios de representações não tão fictícias de eventos recorrentes do no nosso dia a dia.
Sex and the City (1998-2004)

Quatro mulheres de Nova York fofocam sobre suas vidas sexuais e encontram novas formas de lidar com o fato de serem mulheres nos anos noventa.(fonte Imdb)
Mais que moda e drinks, essa série é sobre amizade feminina, autoconhecimento e liberdade para viver a vida do nosso jeito. Mostra que não existe “caminho certo”, existe o caminho que faz sentido para cada uma de nós.
O mais incrível nessa série é que mesmo ela se passando nos anos noventa, todas as tramas e pautas são muito atuais, transcenderam com o tempo e continuam em evidência. Quem não tem uma amiga que sofre por um cara que não tá nem aí com nada? Uma amiga que é romântica e espera o príncipe encantado? Tudo isso entra em pauta enquanto a vida profissional e social acontece.
Independente das características únicas de cada personagens, em SATC aprendemos sobre espaços, limites, amizade feminina e tradições que podem ser quebradas ou não.
A série é muito fluida e você vai se identificar com ao menos uma das personagens e vai se pegar pensando “Ai, hoje estou muito Carrie”. Enfim, essa é uma das séries que toda mulher atravessando a fase adulta precisa assistir.
Eu lembro muito bem quando era adolescente e seguia a Lully de Verdade no YouTube e ela falava que essa era uma das séries favoritas dela, e eu não entendia ainda por ser muito nova. Hoje vejo SATC como um patrimônio para as mulheres.
Sex and the City tem um total de 6 temporadas, com episódios que tem a duração média de 23 a 30 minutos.
Desperate Housewives (2004-2012)

Depois da morte duma das vizinhas em um bairro de classe média, segredos e verdades envolvem as vidas de quatro amigas.(fonte Imdb)
Entre mistérios, fofocas e segredos, a série retrata a vida real por trás das aparências. É o verdadeiro sentido de como a grama do vizinho não é mais verde que a sua. Ela mostra que todas nós temos batalhas escondidas e que não precisamos carregar tudo sozinhas.
Essa série é realmente uma preciosidade. Acompanhar a vida de quatro mulheres em todos os aspectos de suas vidas, com todas suas particularidades, é revigorante. Aqui você não consegue escolher uma só pessoa para amar, todas elas têm algo que lembram um pouquinho de nós.
Para quem sente falta de séries longas, essa é um deleite. São 8 temporadas com uma média de 23 episódios de 43 minutos, é entretenimento total.
Why Women Kill (2019-2021)

Uma série de antologias que acompanha três mulheres de décadas diferentes, todas vivendo na mesma casa, enquanto lidam com infidelidade e traições nos seus casamentos.(fonte Imdb)
A série examina como os papéis das mulheres mudaram, mas como sua reação à traição não mudou.
Com um toque ácido e cheio de estilo, essa série fala sobre relações, frustrações e limites. É impossível não se enxergar em algum momento ou em algum personagem e entender como o mundo continua preso a alguns valores e ideias que as mulheres tanto lutam para defender.
O deleite dessa série, para mim, é a personagem da Lucy Liu. Me apaixonei pela personagem e pela atriz vendo Why Women Kill. Sem contar que a abertura da série é simplesmente fantástica, uma sátira com a própria letra da música.
A série é até curtinha, são 2 temporadas com 10 episódios cada de quase 50 minutos, que entrelaçam o tempo em seu drama – o que deixa muito divertido de assistir.
O que essas séries têm em comum?
Essas histórias nos lembram de algo importante: ser mulher é complexo, intenso e cheio de camadas e, tudo bem não ter todas as respostas, ser é um estado que manifesta movimento.
Agora me diga uma série que você acha indispensável de assistir na vida adulta.



